terça-feira, 3 de agosto de 2010

Bactéria ataca comunidade gay nos EUA


Sábado, 28 de novembro de 2009
Estudo sobre nova linhagem de micróbio resistente a antibióticos aponta núcleo de surto em bairro de San Francisco. Patógeno, comum em infecção hospitalar, cresce no ambiente exterior; risco para homossexual aumenta 13 vezes, diz pesquisador
Uma linhagem de bactéria potencialmente letal -e resistente a antibióticos- atravessou as fronteiras de hospitais nos EUA e está sendo transmitida entre homens gays pelo sexo, afirma estudo publicado anteontem (14/1).
Os autores da pesquisa dizem que o patógeno conhecido como Sarm (Staphylococcus aureus resistente à meticilina), em geral restrito a casos de infecção hospitalar, está começando a aparecer fora dos ambientes clínicos em San Francisco e Boston.
“Uma vez que ela atingir a população geral, será mesmo irrefreável”, diz Binh Diep, pesquisador da Universidade da Califórnia em San Francisco que liderou o estudo. “Tentamos divulgar a mensagem de prevenção.” O trabalho de Diep, publicado na revista “Annals of Internal Medicine”, diz que o risco de infecção para homens gays cresce 13 vezes em relação ao risco para heterossexuais.
O estudo foi baseado no rastreamento de uma linhagem de S. aureus surgida por volta de 2000, identificada pela sigla USA300. A bactéria se espalha de forma rápida nas comunidades gays de San Francisco e Boston. “Achamos que ela se dissemina por meio de atividade sexual”, afirma Diep.
Ao colher dados para o estudo, cientistas registraram os CEPs dos pacientes infectados, e o trabalho aponta que muitos habitam o bairro de Castro, em San Francisco, que tem uma grande comunidade gay.
Esse supermicróbio pode causar infecções mortais ou deixar cicatrizes profundas. Com freqüência, só um tratamento com antibióticos intravenosos caros é eficaz.
O Sarm matou cerca de 19 mil norte-americanos em 2005, a maioria deles em hospitais, segundo uma estimativa publicada em outubro na revista médica “Jama”. O Brasil também tem infecções registradas da bactéria, mas não da linhagem USA300.
Cerca de 30% das pessoas em geral são portadoras de linhagens mais comuns de S. aureus. Elas podem ser transmitidas pelo toque direto ou por meio de objetos. A bactéria pode causar infecções mais grave se penetrar o corpo por feridas.
A maioria das pessoas portadoras de S. aureus leva a bactéria dentro do nariz, mas variedades do patógeno associadas a comunidades de pessoas infectadas podem viver também na região do ânus e serem passadas entre parceiros sexuais.
A incidência de Sarm nos EUA está aumentando ao lado de um ressurgimento de sífilis, gonorréia e novas infecções de HIV, parcialmente por causa de uma descrença sobre a gravidade do HIV e de um aumento dos comportamentos de risco, como o uso de drogas ilícitas e a prática de sexo abrasivo para a pele, escreve Diep.
“A probabilidade de alguém contrair cada uma dessas doenças aumenta com o número de parceiro sexuais”, diz o cientista. “Provavelmente, o mesmo pode ser dito para a Sarm.” O risco de infecção pela bactéria, porém, “parece ser independente de infecção por HIV”, escreveram os cientistas.
Infecções por S. aureus costumam deixar pontos vermelhos nas áreas da pele atingidas. Se não forem tratadas, podem inchar. A melhor maneira de evitar a infeção é lavar mãos e genitália com sabão e água.
Segundo os pesquisadores, apesar de a Sarm encontrada em hospitais ser resistente a várias drogas, no caso da linhagem USA300 alguns antibióticos genéricos de tipos mais antigos ainda são capazes de controlar infecções menos complicadas de pele e mucosas.
“Contudo, o crescente uso desses antimicrobianos pode levar ao surgimento de novos subclones [variantes] de Sarm associados a comunidades que são resistentes a muitas drogas”, escrevem os cientistas.
(Folha de SP, 16/1)
http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=53720
NOTICIA de 2008
Bactéria mortal está atingindo gays nos EUA
15 de janeiro de 2008 • 12h29 •
A variante de uma bactéria que pode levar à morte estaria se espalhando rapidamente entre a comunidade gay das cidades de São Francisco e Boston, nos Estados Unidos.
De acordo com um estudo publicado na revista especializada Annals of Internal Medicine, a nova forma da bactéria MRSA, conhecida como MRSA USA300 é altamente resistente a medicamentos e é transmitida por meio de sexo anal, pelo contato da pele ou com superfícies contaminadas.
Os especialistas fizeram um levantamento da incidência da doença em diferentes áreas das cidades de São Francisco e Boston com base em registros hospitalares, mas não informaram o número exato de contaminados até agora.
A equipe de pesquisadores descobriu que no distrito de Castro, em São Francisco, – que teria uma das maiores concentrações de homossexuais dos Estados Unidos – um em cada 588 residentes estaria infectado com a bactéria. Em outras áreas da cidade, essa proporção seria de um para cada 3.800.
Uma outra parte do estudo ainda indicou que os homossexuais moradores de São Francisco teriam 13 vezes mais chances de contrair a doença do que outros residentes da cidade.
Necrose
A infecção pode causar úlceras na pele, necrose dos tecidos, atacar órgãos como pulmão e o coração e se espalhar facilmente pela corrente sangüínea.
Entre a comunidade gay, a doença teria se proliferado pelo contato da pele, causando abscessos e infecções nas nádegas e nos órgãos genitais. Os especialistas aconselham esfregar o corpo com água e sabão após as relações sexuais para evitar que a bactéria se espalhe.
De acordo com o jornal americano The New York Times, 19 mil pessoas morreram nos EUA em 2005 em decorrênica de doenças causadas pela MRSA (Estafilococos Aureus resistente à meticilina, MRSA, na sigla em inglês).
No passado, a bactéria era comum apenas em infecções hospitalares, mas recentemente também tem sido contraída por pessoas saudáveis fora dos hospitais.
Além de ser resistente à meticilina, a MRSA USA300 também não é facilmente combatida por outros antibióticos utilizados para tratar outras variantes da bactéria.
Os especialistas advertem que a menos que laboratórios de microbiologia identifiquem o tratamento adequado para nova bactéria, “a infecção poderá se espalhar rapidamente e se tornar uma ameaça nacional”.
BBC Brasil – BBC BRASIL.com -
VER TAMBÉM:
Sida: Portugal encabeça lista de novos casos na Europa
Portugal é o país da Europa Ocidental e Central com mais novos casos de infecção pelo HIV/Sida, segundo o relatório anual da ONUSida e da Organização Mundial de Saúde sobre a evolução da doença no mundo. O relatório refere que na América do Norte e na Europa central e ocidental a epidemia está mais concentrada nas populações de risco mais elevado, nomeadamente em homens que têm sexo com homens, utilizadores de drogas injectáveis e imigrantes.
Nestas regiões, o número mais elevado de novas infecções por HIV encontra-se nos Estados Unidos e Portugal.

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Ibaté, São Paulo, Brazil
Eu sou cristão protestante da Igreja Presbiteriana Independente de Ibaté, cidade onde cresci e vivo atualmente... Não me considero um religioso, penso que só a religião em si não tem o poder de salvar a alma de ninguém nem transformar uma pessoa corrompida em um cidadão de bem... A religião nada mais é do que uma das instituições que em conjunto formam a sociedade.Assim como a família, a escola, o club,etc... Nada mais servem do que para nos moldar conforme o padrão que a sociedade requer, para que assim possamos viver de forma ''civilizada''... Uma escravidão a qual somos submetidos ao fazer parte da sociedade pois esta é englobada em um sistema rígido, manipulador e opressor... Não sou perfeito como nínguém é, mas apenas tento dar a minha colaboração a essa pobre gente como eu,(a grande massa), que já está tanto cansada de lutar e enfrentar tantas mentiras... Sou apenas mais um louco idealista neste mundo capitalista.