Com a morte do Bin Laden o mundo, e principalmente os norte
americanos, comemoram como se fosse fim de copa do mundo. Para eles o
fim do terrorista representa o fim da ameaça, pelo menos daquela que se
fazia mais presente no inconsciente coletivo do americano medio.
Osama Bin Laden era um símbolo. Claro, ele existiu históricamente e
provavelmente estava longe de ser um ser humano cheio de virtudes, mas
acontece que, acima de tudo, ele foi um simbolo criado pelos EUA para
justificar sua lucrativa política anti terror. Foi assim com Sadan
Hussein, Aiatolá Khomeini entre outros. Depois dos atentados ao World Trade Center, a industria belica americana faturou como nunca. Fora zeros + zeros + zeros a mais nos contratos que se multiplicaram. Não sei se você sabe, mas, infelizmente a guerra gera lucro. Foi graças ao simbolo Bin Laden e ao medo que ele gerava que, apesar da impopularidade, George W. Bush foi reeleito, arrastando uma guerra sem sentido, sem razão, mas com muitos “zeros” na conta de alguns. Não é de hoje que o medo é usado como recurso de domínio. Medo do inferno, de Deus, do chefe, do marido e , por que não, do Bin Laden justifica posturas que de outra maneira jamais seriam aceitas como razoáveis. Os EUA criaram o símbolo que acabam de destruir. Morre Bin Laden, mas não morre os métodos. Encerra-se um período, mas não as táticas, artimanhas e caminhos que
inserem, a partir do medo, símbolos que personificam algo que não está
em uma única pessoa, exercito ou país: O bem ou o mal moram dentro da
gente e, enquanto precisarmos projeta-los, seja no que for, nunca estaremos livres das manipulações que nos fazem comemorar achando que a morte de alguém ( seja ele quem for) nos trará dias melhores. É no coração que nascem os Bin Ladens que moram dentro de nós. Esses só morrem quando a gente abre os olhos.
Por: Flavio Ciqueira.
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