sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

BANCOS inventam dinheiro a partir do NADA :

Quanto maior for o crescimento do banco maior é a inflação gerada pelo mesmo.

Isto porque o banco vive dos empréstimos que faz com o dinheiro que lá tem depositado. Seria de supor que os seus depósitos cobririam os empréstimos do banco mas isso está longe de suceder.

O banco comercial, o seu banco de todos os dias, cria na realidade o dinheiro que empresta, numa escala que chega a ser 10 vezes superior à que tem em depósitos.

No fundo, inunda o mercado de dinheiro virtual que não existe a não ser em dígitos informáticos e que nunca foi emitido.
Qualquer empregado bancário lhe dirá que só a banca central pode emitir e criar dinheiro e que o banco comercial não o faz.
Isto é compreensível pois a educação financeira não é o forte dos funcionários bancários que infelizmente têm de se preocupar mais em cumprir objectivos de vendas, etc.
E de facto, não existe nenhuma rúbrica na contabilidade de um banco que fale de “dinheiro criado”.
Mas sabendo que um banco precisa de ter o equivalente a 10% do seu total em reservas é fácil perceber que o banco comercial cria mesmo o dinheiro a partir do nada. Senão vejamos:

O banco A coloca 1000 no banco central de reserva e pode assim emprestar 10000.
Estes 10000 são absorvidos pelos clientes dos empréstimos que o depositam noutro banco, o banco B, que por sua vez vai depositar no banco central como reserva dos seus empréstimos.
Quer isto dizer que o banco B poderá emprestar mais 100000, que continuarão este carrossel sem parar, criando dinheiro a partir dos 1000 iniciais sem qualquer restrição.
E aumentando o dinheiro em circulação, sem um correspondente aumento da quantidade dos bens de consumo, só pode significar aumento dos preços, a inflação como é agora chamada.

Assim, como cada banco tem de emprestar o máximo que pode para poder crescer, vai ser gerador de inflação pois contribui para o aumento da massa monetária

( fonte: APEFI )




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De Onde vem o dinheiro?
Como surge o endividamento?
Como os Bancos nos roubam? Porque cobram juros sem motivo? Imperdível esta leitura ..!

Introdução ( por Sílvio):

Este Texto muito explicativo, mostra-nos como surgiu a noção de dinheiro, como os Bancos cobram juros por dinheiro que não emprestam totalmente, como somos enganados por esse sistema. Como os Bancos nos controlam e nos exploram.


Texto:
( Tirado do site www.umanovaera.com, com conssentimento do webmaster Jackson, meu amigo. Alterei apenas algumas palavras para Português Europeu, de Portugal, e inseri outras fotos).


Fabian estava entusiasmado enquanto ensaiava mais uma vez o seu discurso que ia apresentar pela manhã para a multidão. Ele sempre desejou prestígio e poder, agora os seus sonhos iam tornar-se realidade.
Ele era um artesão que trabalhava com prata e ouro, fabricando jóias e ornamentos, mas não estava contente por ter que trabalhar para viver. Ele precisava de entusiasmo, um desafio, e agora o seu plano estava pronto para começar.


Geração após geração as pessoas utilizaram o sistema de escambo.
Um homem mantinha a sua família suprindo-a do necessário para viver ou especializava-se em algum tipo de comércio particular. Os bens excedentes da sua própria produção eram trocados pelos excedentes de outras pessoas.

Um dia no mercado era sempre ruidoso e poeirento; no entanto, as pessoas desejavam os gritos e as saudações, assim como o companheirismo. Costumava ser um lugar feliz, mas agora tinha gente demais, discussões demais.
Não havia tempo para uma boa conversa. Precisava-se um sistema melhor.
Normalmente, as pessoas eram felizes e desfrutavam os frutos do seu trabalho.

Em cada comunidade, um governo simples tinha sido formado para garantir que as liberdades e os direitos das pessoas fossem protegidos, e que nenhum homem fosse forçado por nenhum outro homem ou grupo de homens a fazer qualquer coisa contra a própria vontade.
Este era o único propósito do governo e cada governador era apoiado voluntariamente pela comunidade local que o havia eleito.
No entanto, o dia de mercado era um problema que não podiam solucionar. Uma faca valia uma ou duas cestas de milho? Uma vaca valia mais do que um carroça?... etc. Ninguém havia pensado num sistema melhor.


Fabian anunciou: "Tenho a solução para nossos problemas de escambo, e convido todos para uma reunião pública amanhã".

No dia seguinte houve uma reunião na praça da cidade e Fabian explicou para todos o novo sistema que ele chamou de "dinheiro". A idéia parecia boa. "Como vamos começar?" perguntaram as pessoas.


Fabian:
"O ouro que eu uso em ornamentos e jóias é um metal excelente. Não perde o brilho nem enferruja e vai durar muitos anos. Fundirei um pouco do meu ouro em moedas e vamos chamar cada moeda de "um dólar".
Ele explicou como esses valores iam funcionar, e que esse "dinheiro" seria realmente um meio para o intercâmbio -
Um sistema muito melhor do que o escambo.

Um dos governadores questionou, "Algumas pessoas podem achar ouro e fazer moedas para si mesmas", disse ele.

"Isso seria muito injusto", Fabian tinha a resposta pronta. "Só as moedas aprovadas pelo governo podem ser utilizadas e estas vão ter uma marca especial gravada nelas".

Isso parecia razoável e foi proposto que se dê a cada homem um número igual de moedas. "Só eu mereço a maioria," disse o fabricante de velas, "Todos utilizam as minhas velas". "Não", disse o fazendeiro, "sem alimento não há vida, com certeza nós temos que ter a maior quantidade de moedas". E a discussão continuou.

Fabian deixou-os discutir durante algum tempo e finalmente disse, "Posto que nenhum de vocês pode chegar a um acordo, sugiro que cada um obtenha de mim a quantidade de que necessitam. Não haverá limite, excepto pela sua capacidade de devolvê-las. Quanto mais dinheiro cada um obtiver, mais deve devolver no final do ano."


"E qual é o seu pagamento?" as pessoas perguntaram a Fabian.

"Posto que vos estou oferecendo um serviço, ou seja, o suprimento de dinheiro, vocês dão-me direito a receber pagamento pelo meu trabalho. Vamos dizer que para cada 100 moedas que vocês obtêm, devolvem-me 105 por cada ano que vocês mantêm a dívida."
As 5 vão ser meu pagamento, e vou chamar esse pagamento de "juros".


Não parecia existir outra maneira, e aliás, 5% parecia pouco para um ano.
"Voltem próxima sexta-feira e vamos começar".

Fabian não perdeu tempo. Fez moedas noite e dia, e no final de semana já estava pronto.
As pessoas fizeram fila para entrar na sua loja, e depois das moedas terem sido examinadas e aprovadas pelos governadores, o sistema passou a vigorar.
Algumas pessoas pediram só umas poucas moedas e saíram para experimentar o novo sistema.


Acharam o dinheiro maravilhoso, e rapidamente valoraram tudo em moedas de ouro ou dólares.
O valor que puseram em cada coisa foi chamado de "preço" e o preço dependia principalmente da quantidade de trabalho requerida para produzir o bem.
Se levava muito trabalho o preço era alto mas se o bem era produzido com pouco esforço o preço era baixo.


Numa cidade morava Alan, que era o único relojoeiro. Os seus preços eram altos porque os clientes estavam ansiosos por pagarem para obter um dos seus relógios.
Depois outro homem começou a fazer os relógios e ofereceu-os com um preço mais baixo para conseguir vendas. Alan foi forçado a baixar seus preços e depois todos os preços caíram, assim os dois homens se esforçaram para dar a melhor qualidade com o menor preço. Essa era a genuína livre competição.

A mesma coisa aconteceu com os construtores, operadores de transportes, contadores, fazendeiros; na verdade, em cada empreendimento. Os clientes escolhiam sempre o que sentiam que era o melhor negócio, tinham liberdade de escolha. Não havia protecção artificial tal como licenças ou tarifas que evitassem que outras pessoas entrassem num determinado negócio.
O padrão de vida elevou-se e depois de pouco tempo as pessoas perguntaram-se como podiam ter vivido antes sem dinheiro.

No final do ano, Fabian saiu da sua loja e visitou todas as pessoas que lhe deviam dinheiro. Algumas possuíam mais do que tinham pedido emprestado, mas isso significava que outras pessoas tinham menos, posto que inicialmente tinha sido distribuída só uma quantidade limitada de moedas. Os que possuíam mais do que tinham pedido emprestado, devolveram o empréstimo e mais 5 adicionais para cada 100, mas tiveram que pedir emprestado novamente para poder continuar.


Os demais descobriram pela primeira vez, que tinham uma dívida. Antes de lhes emprestar mais dinheiro, Fabian tomou-lhes em hipoteca alguns dos seus activos e assim, cada um saiu mais uma vez para tentar conseguir essas 5 moedas extras que pareciam sempre tão difíceis de encontrar.

Ninguém se deu conta de que o país como um todo jamais poderia sair da dívida até que todas as moedas fossem devolvidas, mas mesmo que isso fosse feito haviam ainda aquelas 5 adicionais para cada 100 que nunca tinham sido postas em circulação. Ninguém além de Fabian podia ver que era impossível pagar os juros - o dinheiro extra nunca tinha sido posto em circulação, e portanto sempre faltaria para alguém.


Era verdade que Fabian gastava algumas moedas, mas ele sozinho não podia gastar tanto como os 5% da economia total do país. Haviam milhares de pessoas e Fabian era só um. Além disso, ele ainda era um ourives vivendo uma vida confortável.

Nos fundos da sua loja, Fabian tinha um cofre e as pessoas acharam conveniente deixar algumas das suas moedas com ele por segurança. Fabian cobrava uma pequena quantia, dependendo da quantidade e do tempo que o dinheiro permanecia com ele e dava ao dono das moedas um recibo por cada depósito.
Quando uma pessoa fazia compras, normalmente não levava muitas moedas de ouro. Essa pessoa dava ao mercador um dos recibos de Fabian segundo o valor das mercadorias que desejava comprar.


Os mercadores reconheciam o recibo como verdadeiro e aceitavam-no com a idéia de levá-lo depois a Fabian para retirar uma quantidade equivalente em moedas. Os recibos passaram de mão em mão ao invés do próprio ouro. As pessoas confiavam totalmente nos recibos - elas os aceitavam como se fossem tão bons quanto as moedas de ouro.
Em pouco tempo, Fabian notou que era muito pouco freqüente que uma pessoa pedisse de volta suas moedas de ouro.

Ele pensou: "Aqui estou eu, na posse de todo este ouro e continuo tendo que trabalhar duro como artesão. Não faz sentido. Há muitas pessoas que ficariam contentes de me pagar juros pelo uso deste ouro que está guardado aqui e cujos donos raramente pedem de volta."
É verdade que o ouro não é meu, mas está no meu poder e é o que interessa. Praticamente não preciso mais de fazer moedas, posso utilizar algumas das que estão guardadas no cofre."




No início ele era muito precavido, emprestando umas poucas moedas de cada vez e somente quando tinha certeza da sua devolução. Mas aos poucos adquiriu confiança e emprestou quantidades cada
vez maiores.
Um dia, pediram um empréstimo bastante grande. Fabian sugeriu,
"Em vez de você levar todas estas moedas podemos fazer um depósito em seu nome e então eu dou-lhe vários recibos com o valor das moedas".

A pessoa que pediu o empréstimo concordou e saiu com um maço de recibos.
Ela tinha obtido um empréstimo, no entanto o ouro continuava no cofre de Fabian.

Depois que o cliente saiu, Fabian sorriu. Ele podia ter seu bolo e ainda por cima comê-lo. Ele podia "emprestar" o ouro e ainda mantê-lo no seu poder.

(Nota, sílvio: É o que os Bancos fazem connosco)


Os amigos, os estrangeiros e até os inimigos necessitavam de fundos para continuarem os seus negócios e desde que pudessem garantir a devolução, podiam pedir emprestado tanto quanto necessitassem. Simplesmente escrevendo recibos Fabian podia "emprestar" várias vezes o valor do ouro que havia no seu cofre, e ele nem sequer era o dono do dinheiro. Tudo era seguro, desde que os donos verdadeiros não pedissem a devolução do seu ouro e a confiança das pessoas fosse mantida.
Ele tinha um livro onde registrava os débitos e os créditos de cada pessoa. De facto, o negócio de empréstimos estava sendo muito lucrativo.

A sua posição social na comunidade aumentava quase tão rapidamente quanto sua riqueza. Ele estava se tornando um homem importante e requeria respeito. Em matéria de finanças, a sua palavra era como uma declaração sagrada.
Os ourives de outras cidades ficaram curiosos sobre suas atividades e um dia chamaram-no para ter uma audiência com ele. Fabian disse-lhes o quê ele estava fazendo, mas ressaltou cuidadosamente a necessidade de manter o segredo.
Se o plano deles fosse exposto, o esquema falharia, assim todos concordaram em formar a sua própria aliança secreta.

(n. silvio: Faz-me lembrar os Bilderberg).


Cada um voltou à sua cidade e começou a trabalhar como Fabian lhes tinha ensinado.
As pessoas agora aceitavam os recibos como se fossem tão bons quanto o ouro e muitos recibos foram depositados para mantê-los em segurança da mesma maneira que as moedas. Quando um mercador desejava comprar mercadorias de um outro, ele simplesmente redigia uma nota curta dirigida a Fabian na qual o autorizava a transferir o dinheiro da sua conta para a do segundo mercador.
Fabian gastava apenas alguns minutos para ajustar os números no livro.
Esse novo sistema tornou-se muito popular e as notas com a instrução de transferência foram chamadas de "cheques".


Mais tarde, numa noite, os ourives tiveram uma outra reunião secreta e Fabian revelou-lhes um novo plano.
No dia seguinte, eles convocaram uma reunião com todos os governadores e Fabian começou: "Os recibos que nós emitimos tornaram-se muito populares. Sem dúvida, a maioria de vocês, os governadores, estão-os usando e acham que são muito convenientes". Os governadores concordaram, embora se perguntassem qual era o problema.
"Bem", continuou Fabian, "alguns recibos estão sendo copiados por falsificadores. Esta prática deve parar"


Os governadores alarmaram-se: "O quê podemos fazer?" perguntaram. Fabian respondeu, "A minha proposta é: primeiro de tudo, vamos fazer com que seja o trabalho do governo a impressão de novas notas num papel especial com desenhos muito intricados. Cada nota será assinada pelo principal governador. Nós ourives ficaremos felizes de pagar os custos da impressão, por que vai poupar-nos o tempo que passamos redigindo os nossos recibos".

Os governadores pensaram, "Bem, o nosso trabalho é proteger as pessoas contra falsificadores e este vosso conselho parece certamente uma boa idéia". Concordaram então em imprimir as notas.

"Em segundo lugar," disse Fabian, "algumas pessoas têm feito escavações e estão fazendo as suas próprias moedas de ouro. Sugiro que vocês aprovem uma lei, para que qualquer pessoa que encontre pepitas de ouro, deva entregá-las.
É claro que essas pessoas vão ser pagas com notas e moedas".

A idéia parecia boa, e sem pensar muito nisso, imprimiram uma grande quantidade de notas novas. Cada nota tinha um valor impresso nela de $1, $2, $5, $10 etc. Os pequenos custos de impressão foram pagos pelos ourives.
As notas eram muito mais fáceis de transportar e rapidamente foram aceitas pelas pessoas. Apesar da sua popularidade, essas notas e moedas eram usadas somente em 10% das transações. Os registros mostraram que o sistema de cheques era utilizado em 90% de todos os negócios.
A etapa seguinte do plano dele começou. Até agora, as pessoas estavam pagando a Fabian para guardar o dinheiro delas. Para atrair mais dinheiro ao seu cofre, Fabian ofereceu pagar aos depositantes 3% de juros sobre os seus depósitos.

A maioria das pessoas acreditava que ele estava re-emprestando o dinheiro delas a quem pedisse um empréstimo, com 5% de juros, e que seu ganho era a diferença de 2%. Aliás, as pessoas não lhe perguntaram muito, porque obter 3% era muito melhor do que pagar para depositar o dinheiro num lugar seguro.
A quantidade das poupanças cresceu e com o dinheiro adicional nos cofres, Fabian podia emprestar $200, $300, $400 e as vezes até $900 para cada $100 em notas e moedas que ele mantinha em depósito. Ele teve que ter cuidado para não ultrapassar esta relação de 9 a 1, uma vez que uma pessoa de cada dez queria retirar as suas notas e moedas para utilizá-las.



Se não houvesse dinheiro suficiente quando requerido, as pessoas ficariam desconfiadas já que os livros de depósito mostravam o quanto elas tinham depositado. Ainda assim, sobre os $900 que os livros contábeis demonstravam que Fabian tinha emprestado redigindo cheques, ele podia cobrar até $45 de juros, ou seja, 5% de 900. Quando o empréstimo mais os juros eram devolvidos ($945), os $900 eram cancelados no livro de débitos e Fabian ficava com os $45 de juros. Portanto, ele estava mais que contente de pagar $3 de juros sobre os $100 depositados originalmente, os quais nunca tinham saído do seu cofre. Isto significava que, para cada $100 que mantinha em depósito, era possível obter um lucro de 42%, enquanto a maioria das pessoas pensava que ele só ganhava 2%. Os outros ourives estavam fazendo a mesma coisa. Criavam dinheiro do nada, apenas com as suas assinaturas num cheque, e ainda por cima cobravam juros sobre ele.


É verdade que eles não estavam fabricando dinheiro, o governo imprimia as notas e entregava-as aos ourives para serem distribuídas. O único gasto de Fabian era o pequeno custo de impressão. No entanto, eles estavam criando dinheiro de crédito que vinha do nada e sobre o qual faziam incidir juros. A maioria das pessoas acreditava que a provisão de dinheiro era uma operação do governo. Acreditavam também que Fabian lhes estava emprestando o dinheiro que alguém mais tinha depositado, mas era estranho que nenhum depósito decrescia quando Fabian emprestava dinheiro. Se todos tivessem tentado retirar os seus depósitos ao mesmo tempo, a fraude teria sido descoberta.


(Nota, silvio: Por exemplo quando a Venezuela teve a grande crise financeira, milhares de desempregados, os Bancos não permitiram aos cidadãos levantarem todas as suas economias, pois os Bancos ficariam sem nada, eles não possuíam esse dinheiro todo para devolver. Ficariam na “banca rôta” ).


-Não havia problemas quando alguém pedia um empréstimo em moedas ou notas. Fabian simplesmente explicava ao governo que o aumento da população e da produção requeria mais notas, e ele obtinha-as por pequeno custo de impressão.

Um dia, um homem muito pensativo foi ver Fabian. "Esta cobrança de juros está errada", disse ele. "Para cada $100 que você empresta, você está pedindo $105 em retorno.
Os $5 extras não podem ser pagos nunca, já que não existem."


Os fazendeiros produzem comida, os industriais produzem bens e assim fazem todos os demais, mas somente você produz dinheiro. Suponha que existam somente dois empresários em todo o país, e que nós empregamos o resto da população. Pedimos-lhe emprestado $100 cada um, pagamos $90 em salários e gastos e ficamos com $10 de lucro (nosso salário). Isso significa que o poder aquisitivo total de toda a população é $90 + $10 multiplicado por dois, isto é $200. Mas, para lhe pagar, nós devemos vender toda a nossa produção por $210. Se um de nós tiver sucesso e vender toda a produção por $105, o outro homem só pode esperar obter $95. Além disso, parte dos seus bens não pode ser vendida, já que não restaria mais dinheiro para comprá-los.
Tendo obtido só $95, o segundo empresário ainda deveria a você $10 e só poderia pagar-lhe pedindo mais emprestado. Este sistema é impossível".
O homem continuou, "Certamente você deveria emitir $105, ou seja 100 para mim e 5 para os seus próprios gastos. Assim, haveria $105 em circulação e a dívida poderia ser paga".


Fabian escutou em silêncio e finalmente disse: "A economia financeira é um assunto muito profundo meu amigo, requer anos de estudo. Deixe que eu me preocupo com estes assuntos e você preocupa-se com os seus. Você deve tornar-se mais eficiente, aumente a sua produção, reduza seus gastos e torne-se um melhor empresário. Sempre vou estar disposto a ajudá-lo nesses assuntos".

( Nota, Sílvio: Isto é assustador, pois é o que os governantes dizem á nação quando o País tem crise económica. Vejam este ano, 2004, Portugal com milhares de desempregados e crise, o que nos diz o 1ºministro? Que o povo tem que produzir mais, aumentar produtividade! E isso é incrível, visto que somos o País Europeu em que trabalhamos mais horas e recebemos o salário mais baixo da Europa! Não é ridículo??? Centenas de empresas abrem falsa falência e despedem centenas de empregados, como é que esses coitados contribuem para a produtividade do país? É ridículo como os governos roubam e enganam, e ainda atiram as culpas para cima do povo dizendo que o povo tem que produzir mais!)



Continuando a matéria:
O homem se foi sem se dar por convencido. Havia alguma coisa errada com as operações de Fabian e ele sentiu que as suas perguntas tinham sido evitadas.
No entanto, a maioria das pessoas respeitava a palavra de Fabian -"Ele é o perito, os demais devem estar errados. Olhem só como é que o país se desenvolveu. É melhor nós deixarmos que ele tome conta destas coisas".

Para pagar os juros sobre os empréstimos que haviam pedido, os mercadores tiveram que elevar os seus preços.
Os assalariados queixaram-se de que os salários eram muito baixos. Os empresários negaram-se a pagar maiores salários, dizendo que quebrariam.
Os fazendeiros não podiam obter preços justos pela sua produção. As donas de casa queixavam-se de que os alimentos estavam muito caros.

( Nota, Sílvio: Isto é a inflacção, aumento do custo de vida, que sofremos hoje em dia).

Finalmente, algumas pessoas declararam " greve", algo do qual nunca se tinha ouvido falar antes. Outros haviam sido afectados pela pobreza, e os seus amigos e parentes não tinham dinheiro para ajudá-los. A maioria tinha esquecido a verdadeira riqueza ao seu redor: as terras férteis, os grandes bosques, os minerais e o gado.
Só podiam pensar no dinheiro, que sempre parecia faltar. Mas nunca questionaram o sistema. Eles acreditavam que o governo o estava controlando.


Alguns poucos tinham junto o seu dinheiro em excesso e formaram companhias de empréstimos ou "companhias financeiras". Podiam obter 6% ou mais, desta maneira, o que era melhor do que os 3% que Fabian pagava, mas só podiam emprestar o dinheiro que possuíam - Não tinham o estranho poder de criar dinheiro do nada simplesmente registrando números num livro.
Estas companhias financeiras de alguma maneira preocupavam Fabian e os seus amigos, então eles logo formaram as suas próprias companhias. Na maioria dos casos, compraram as outras companhias antes que começassem as suas operações. Em pouco tempo, todas as companhias financeiras ou pertenciam a eles ou estavam sobre o controle deles.

A situação económica piorou. Os assalariados tinham certeza de que os patrões estavam tendo muito lucro. Os patrões diziam que os trabalhadores eram muito preguiçosos e não estavam cumprindo honestamente o seu dia de trabalho e todos culpavam a todos.
Os governantes não podiam achar uma resposta, e além disso, o problema imediato parecia ser combater a crescente pobreza.

O Governo empreendeu então esquemas de previdência e fizeram leis forçando as pessoas a contribuírem com eles. Isto fez com que muitas pessoas ficassem irritadas - Elas acreditavam na velha idéia de ajudar o vizinho voluntariamente.

"Estas leis não são mais do que um roubo legalizado. Tirar uma coisa de uma pessoa contra a sua vontade, independente do propósito para o qual vai ser usado, não é diferente de roubar."

Mas cada homem sentia-se indefenso e temia a ameaça de ir para a cadeia se falhasse em pagar. No início, estes esquemas de previdência deram algum alívio, mas com o tempo o problema da pobreza agravou-se novamente e então era preciso mais dinheiro para a previdência. O custo destes esquemas elevou-se mais e mais e o tamanho do governo aumentou.

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Ibaté, São Paulo, Brazil
Eu sou cristão protestante da Igreja Presbiteriana Independente de Ibaté, cidade onde cresci e vivo atualmente... Não me considero um religioso, penso que só a religião em si não tem o poder de salvar a alma de ninguém nem transformar uma pessoa corrompida em um cidadão de bem... A religião nada mais é do que uma das instituições que em conjunto formam a sociedade.Assim como a família, a escola, o club,etc... Nada mais servem do que para nos moldar conforme o padrão que a sociedade requer, para que assim possamos viver de forma ''civilizada''... Uma escravidão a qual somos submetidos ao fazer parte da sociedade pois esta é englobada em um sistema rígido, manipulador e opressor... Não sou perfeito como nínguém é, mas apenas tento dar a minha colaboração a essa pobre gente como eu,(a grande massa), que já está tanto cansada de lutar e enfrentar tantas mentiras... Sou apenas mais um louco idealista neste mundo capitalista.