domingo, 27 de junho de 2010

TRANSE E POSSESSÃO






Patologia do Pensamento Mágico
Havendo saúde mental, os estímulos para que o raciocínio se desenvolva devem provir de fontes externas e internas. Mas o pensamento não é guiado apenas por considerações estritamente atreladas à realidade, ele também flui motivado por estímulos interiores, abstratos e afetivos ou até instintivos. A criação humana, por exemplo, ultrapassa muitas vezes a realidade dos fatos, refletindo estados interiores variados e de enorme valor para a construção de nosso patrimônio cultural.
Voltar-se para o mundo interno significa que o pensamento se manifesta sob a forma de DEVANEIOS - uma espécie de servidão das idéias às nossas necessidades mais íntimas, aos nossos afetos e paixões. Enquanto há saúde mental, entretanto, nossos devaneios são sempre voluntários e reversíveis; eles devem ser nossos servos e não nossos senhores.
Em estados mais doentios, esses devaneios ou fugas da realidade são emancipados da vontade, são impostas ao indivíduo de forma absoluta e tirânica. Parece tratar-se de um indivíduo que despreza a realidade e vive uma realidade nova que lhe foi imposta involuntariamente, da qual não consegue libertar-se.
A própria concepção da realidade pode sofrer alterações nos transtornos psíquicos. Em determinados estados neuropsicológicos a realidade pode sofrer alterações de natureza bioquímica, funcional ou anatômica. Em outros estados, agora de natureza psicopatológica, os elementos da realidade também podem ser deturpados por fatores afetivos, emocionais ou psíquicos, de forma a prevalecer uma concepção do mundo determinada exclusivamente pelo interior de ser e não mais pela lógica comum a todos nós.
Ao pensamento que se afasta da realidade morbidamente, ou seja, doentiamente, damos o nome de Pensamento Derreísta em oposição ao Pensamento Realista, atrelado à realidade. Falamos “se afasta morbidamente da realidade” porque esse tipo de pensamento não mais depende do arbítrio que todos temos em fantasiar e voltar à realidade voluntariamente. Ele devaneia obrigatoriamente, sendo negado ao paciente a faculdade de entendimento dos limites de nossas fantasias, quando nos imaginamos ganhadores da loteria ou coisas assim, e da realidade, com a consciência plena de nossa situação.
Para aqueles que acreditam ser normal e até desejável que a pessoa tenha seus pensamentos exclusivamente atrelados ao concreto e ao real, lembramos que essa limitação imposta ao pensamento, fazendo-o incapaz de afastar-se do absolutamente concreto, leva o nome de Concretismo, que também é uma alteração da forma do pensamento.
O Pensamento Derreísta é aquele que se desvia da razão, faltando-lhe tenacidade para se atrelar à realidade. Sua característica principal e criar, a partir de antigas cognições e novas representações, um mundo novo e de acordo com os desejos, anseios e angústias.

Pensamento Mágico

De forma mais prática e didática, podemos considerar o pensamento derreísta como sendo uma espécie de Pensamento Mágico, e o pensamento realista como sendo o Pensamento Lógico. Portanto, é normal que a pessoa contenha ambos tipos de pensamento em seu psiquismo, valendo-se deles de acordo com as necessidades adaptativas.
Para resolver as necessidades práticas do cotidiano a pessoa se vale do Pensamento Lógico (realista); calcula dinheiro, planeja seu dia, prioriza atividades, dirige de acordo com as normas, comporta-se com sensatez, lógica e discernimento, etc.
Diante das necessidades interiores os Pensamentos Mágicos são mais lenitivos. Através deles a pessoa faz suas orações, nutre seus desejos e esperanças, aposta na loteria, evita passar debaixo de uma escada, acredita em seus deuses, fala da sorte ou do azar, enfim, devaneia. E normalmente esses devaneios obedecem às normas da cultura em que vivemos, ao menos em boa parte deles.
Wellington Zangari é diretor de Inter Psi, Grupo de Semiótica, Interconectividade e Consciência, Centro de Estudos Peirceanos, Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica, PUC-SP. Veja um trecho de seu artigo Estudos psicológicos da mediunidade: uma breve revisão:
"... Assim, apesar da mediunidade "fazer uso" de capacidades dissociativas individuais do médium, a dissociação parece disciplinada pelo grupo social de que o médium participa. Os elementos sócio-culturais que darão o contorno das personalidades "intrusas" estão presentes no grupo social do médium e, portanto, na mente do médium. A análise de Burguignon oferece a possibilidade de compreender que a diferença entre a dissociação patológica e a dissociação não-patológica reside na cultura. 
Hughes (1992), após entrevistar e administrar escalas de dissociação a sujeitos diagnosticados como portadores de desordem de personalidade múltipla e de médiuns, concluiu que "os médiuns não exibem alto grau de psicopatologia, nem apresentam experiências dissociativas em grau mais elevado em freqüência, apesar de suas experiências de transe. 
Apesar de tanto os médiuns quanto os portadores de desordens de múltipla personalidade estarem condicionados à dissociação ao nível dos processos mentais, eles diferem em relação à etiologia, função, controle e patologia. (...) Enquanto que para os portadores de desordens de personalidade múltipla a dissociação com co-consciência é idiossincrática e compulsiva, para os médiuns de transe a experiência dissociativa acompanhada de co-consciência é contextualizada culturalmente e está sob o controle da consciência do praticante". veja tudo 

 
De modo geral, quanto maiores as angústias, mais recorremos aos Pensamentos Mágicos. Isso ocorre fisiologicamente nas pessoas normais mas, diante de situações psíquicas patológicas, a “opção” para o Pensamento Mágico pode tornar-se tiranamente absoluta.
Essa predileção pelo Pensamento Mágico pode se dar em vários graus; desde uma simples crença, fé, idéia supervalorizada, fanatismo, até o delírio franco. Isso significa que uma simples crença pode privilegiar a Mágica sobre a Lógica discretamente, sendo possível sair do mágico para o lógico com facilidade, enquanto no delírio, o grau maior de submissão da lógica ao mágico, o retorno voluntário ao Pensamento Lógico é basicamente impossível.
Então, para saber se a pessoa está totalmente, parcialmente ou ligeiramente submissa aos seus Pensamentos Mágicos ou, como é bom frisar bastante, totalmente submissa aos Pensamentos Mágicos de seu entorno, devemos saber se essa pessoa tem ou não delírios.
Nas Esquizofrenias, por exemplo, a pessoa perde totalmente os limites entre o mágico e o lógico, através de seus delírios. De modo geral, qualquer patologia mental capaz de produzir delírios subjuga a lógica, privilegiando morbidamente a mágica.
Assim sendo, agora que sabemos serem os delírios os mais graves causadores da soberania do Pensamento Mágico, o problema da psicopatologia será descrever as patologias que originam delírios, conseqüentemente, que causam o domínio absoluto da mágica sobre o lógico.
Jaspers define o Delírio com sendo um juízo patologicamente falseado e que deve, obrigatoriamente, apresentar três características*:
  1. Uma convicção subjetivamente irremovível e uma crença absolutamente inabalável com impossibilidade de se sujeitar às influências de quaisquer argumentações da lógica;
  2. Um pensamento de conteúdo impenetrável e incompreensivo psicologicamente para o indivíduo normal;
  3. Uma representação sem conteúdo de realidade, ou seja, que não se reduz à análise dos acontecimentos vivenciais.
*-características de Delírio, verdadeiro ou primário, segundo Karl Jaspers.
Essa definição de Jaspers é de extremo valor na diferenciação entre sugestionabilidade e delírio, ou seja, diferenciar a pessoa que se considera possuída por entidade espiritual durante um culto religioso e um delírio.
Durante um culto religioso, vivenciando um entorno místico, a pessoa pode ser sugestionada a aderir a algum tipo de Pensamento Mágico, satisfazendo plenamente o primeiro quesito de Jaspers, “uma convicção subjetivamente irremovível e uma crença absolutamente inabalável...”.
Mas os dois outros quesitos não são satisfeitos. A “pessoa normal” referida por Jaspers não é, absolutamente, um indivíduo completamente alienado ao meio cultural onde se insere a pessoa que se considera possuída. Não. “Pessoa normal” para Jaspers, é a pessoa que partilha normalmente o mesmo espaço cultural e existencial.
Logo, essa pessoa chamada de normal, vivendo no contexto da outra pessoa que está sendo considerada, também nutre as mesmas crenças culturais ou, no mínimo, não as consideram totalmente estranhas. Portanto, para essa pessoa normal o conteúdo do pensamento da outra pessoa em apreço não será incompreensível.
Quanto ao terceiro quesito, tomando como exemplo a pessoa que se crê possuída, toda sua manifestação de êxtase terá sim um conteúdo de realidade consoante aos acontecimentos vivenciados, considerando-se o contexto sócio-cultural (e místico, no exemplo) em que vive.
Assim sendo, o sentimento de transe e possessão não podem ser considerados delírios, muito embora possam estar emancipados da realidade lógica. Sabendo que o delírio é monopólio de transtornos emocionais muito sérios, como por exemplo as psicoses, é claro que não podemos atribuir o diagnóstico de delírio a todas pessoas sugestionáveis que se “deixam” possuir em cultos religiosos. Para resolver essa questão falamos em Idéias Deliróides.

Idéias Deliróides

Nas Idéias Deliróides as experiências são assimiladas e a imagem do mundo exterior fornecida pela razão é falsificada, de acordo com as necessidades afetivas e instintivas fragilizadas.
O raciocínio que caracteriza a idéia deliróide é bastante similar àquele pensamento mágico normal que todos nós utilizamos, embora de grau muito menor. Por isso a idéia deliróide de uma pessoa é compreensível à maioria das pessoas normais.
Nossas crenças tendem a ser subjetivamente necessárias e, sem dúvida, todos recorremos a essas ficções por segurança.
As Idéias Deliróides constituem tentativas de manipular os problemas e as tensões da vida, através da fantasias elaboradas para fornecer aquilo que a vida real nega, entretanto, devido ao seu aspecto mórbido, tais fantasias não são construídas numa estrutura compatível com uma adaptação social normal.
Uma pessoa com marcante e desmedida ambição para o poder, por exemplo, dependendo da estrutura de sua personalidade, pode apresentar uma idéia deliróide acreditanto (e fazendo outros acreditarem) ser uma pessoa ungida por Deus, logo com poderes e ascenção sobre os demais.
Portanto, a direção e os temas das Idéias Deliróides podem ser determinados pelos problemas e necessidades íntimas do paciente. Verificamos, com freqüência, que o conteúdo das Idéias Deliróides revela aspectos significativos dos problemas pessoais. As fontes desses problemas podem ser freqüentemente encontradas em inclinações e impulsos contrariados, esperanças frustradas, sentimentos de inferioridade, inadequações biológicas, qualidades rejeitadas, desejos importunantes, sentimentos de culpa e outras situações que exigem uma defesa contra a angústia.
Uma profunda necessidade de consolo pode ser satisfeita por Idéias Deliróides auto-elogiosas, Idéias Deliróides de grandeza, por exemplo, podem refletir uma defesa contra sentimentos de inferioridade.
Além das Idéias Deliróides serem capazes de satisfazer o primeiro quesito de Jaspers, “convicção subjetivamente irremovível e uma crença absolutamente inabalável”, para sua formação são necessários ainda alguns elementos:
  1. O desenvolvimento de situação emocional ou mental favorecedora.
  2. Um ambiente cultural que ofereça o tema e script daquilo que pode ser fantasiado.
  3. Uma personalidade pré-mórbida vulnerável e problemática, seja por traços de paranóia, de marcante histeria, de extrema sensibilidade afetiva ou, menos comumente, de uma personalidade prejudicada por problemas funcionais cerebrais.
Veja Delírios em PsiqWeb
Depois, então, de considerarmos a possibilidade da pessoa com sintomas de transe e possessão ser portadora de um quadro de Delírio (menor porcentagem) e, não sendo isso, de ser ainda portadora de uma Idéia Deliróide (um pouco mais freqüente), resta a grande maioria dos casos, onde não há uma grave patologia psiquiátrica delirante, nem um transtorno emocional sério o suficiente para Idéias Deliróides. Como ficaria, então, a explicação para os sintomas de transe e possessão, para a grande maioria dessas pessoas?
 Teríamos que pensar nos casos de sugestão, auto-sugestão e crença exagerada, todos observados nas teatrais influências espirituais dos cultos e religiões.

Sugestão, Auto-Sugestão e Crença Exagerada

Sugestão e Auto-Sugestão
A pessoa que vivencia uma realidade diferente e estimulada por outra pessoa está sendo sugestionada ou influenciada. Em termos gerais, somos todos sugestionáveis. Isso equivale a dizer que o ser humano é, essencialmente, um imitador.
A força de persuasão da moda, por exemplo, é incontestável, e a própria propaganda e marketing só se viabilizam tomando por base a sugestionabilidade humana.
Mas a sugestão não tem nada a ver com o Delírio e com as Idéias Deliróides. Nessas duas situações, francamente patológicas, a liberdade de deixar de lado o Pensamento Mágico e reassumir o Pensamento Lógico é impossível de ser feito pela força da vontade. Na sugestão, por sua vez, apesar da força do que fora sugerido, é possível que a pessoa abandone esse tipo de pensamento de natureza mágica através de seu arbítrio.
Pessoas podem causar sugestões em outras, assim como ambientes também podem influir. Vejamos, por exemplo, as influências sugestivas do ambiente hospitalar, carnavalesco, militar, musical e, evidentemente, religioso.
Assim como as forças sugestivas têm vários graus de penetrância, indo da simples propaganda à lavagem cerebral, as pessoas também possuem graus variados de sugestionabilidade, desde o normal até o altamente sugestionável, esse último representado pelas personalidades histéricas ou histriônicas (Veja Personalidade Histriônica em PsiqWeb).
O sucesso da sugestão está no fato de tratar-se de um apelo dirigido ao sentimento e às emoções, mais do que à razão. E será tão mais forte quanto mais atender necessidades emocionais. Mas, seja qual for o grau de sugestionabilidade ou de influência, como não se trata de Delírio nem de Idéia Deliróide, será possível reassumir o Pensamento Realístico através do arbítrio.
Não podemos aceitar, com naturalidade, a afirmativa “não consigo” por parte do paciente. Diante disso temos duas opções: ou, de fato, ele não consegue deixar os Pensamentos Mágicos voluntariamente, caracterizando o Delírio e não uma sugestão e, sendo assim, terá de ter obrigatoriamente outros dados clínicos ou, certamente, se não tem esses outros dados clínicos necessários ao Delírio será, de fato, uma sugestão. Nesse caso a pessoa consegue sim, desvencilhar-se dos Pensamentos Mágicos, independente de afirmar que não consegue.
  A Auto-Sugestão é a mesma coisa que a Sugestão, porém, tendo como mola propulsora a influência de elementos internos, motivados pelos valores culturais junto com as necessidades emocionais, e não apenas elementos externos, motivados por outras pessoas.
Casos de sugestão e auto-sugestão podem ser representados por pessoas que perdem o sossego porque viram vultos na casa, que ficam apavoradas com o aparecimento de feitiço na soleira da casa, que sentem calafrios e perturbações depois de visitarem um terreiro de umbanda. Outras vezes, são pessoas que se julgam muito doentes e que melhoraram sensivelmente quando o último exame médico apresentou resultado negativo, pessoas que saram depois de benzimentos e simpatias, e assim por diante.
Crença Exagerada
Uma das variantes benignas das Idéias Deliróides são as Idéias Supervalorizadas, superestimadas ou sobrevalentes, sinônimo de fanatismo e de crenças exageradas. Essas idéias costumam ser errôneas por supervalorização emocional ou psicológica, e podem ser igualmente observadas até mesmo em indivíduos psiquicamente normais. Nesses casos, é de todo necessário ressalvar que nem toda Idéia Supervalorizada é forçosamente errônea.
As idéias contidas, por exemplo, nos códigos jurídicos, morais, sociais, religiosos incluem-se, sem dúvida alguma, na categoria de Idéias Supervalorizadas, embora não sejam obrigatoriamente errôneas. Os enamorados, os cientistas, os magistrados, os sacerdotes e afins, também cultivam idéias superestimadas afetivamente, com respeito ao seu amor, à pesquisa científica, à jurisprudência e aos dogmas que obedecem, respectivamente.
As Idéias Supervalorizadas mais contundentes espelham fielmente aquilo que entendemos por sectarismo e fanatismo. Trata-se da adesão afetiva incondicional e a qualquer preço a certas idéias. O que importa a esse respeito é saber que idéias errôneas por superestimação afetiva, Idéias Supervalorizadas, representam uma variedade atenuada das Idéias Deliróides, e podem corresponder, no mais das vezes, a predisposições problemáticas da personalidade.
De qualquer forma, assim como dissemos em relação à Sugestão, as Idéias Supevalorizadas ou Crenças Exageradas não são Delírios (apesar de muitos delírios se manifestarem por fanatismo) e nem Idéias Deliróides. Existem vários outros sinais e sintomas que devem acompanhar Delírios e Idéias Deliróides que não acompanham as Crenças Exageradas. Logo, por definição, essas Crenças Exageradas devem estar sujeitas, mais facilmente ou não, ao arbítrio ou vontade.
Exemplo de Idéias Supervalorizadas é, por exemplo, a consideração eugênica do nazismo, a concepção política do comunismo, a vocação para assuntos esotéricos, o fanatismo religioso, etc.

  
Para referir:
Ballone GJ, Ortolani, IV - Transes e Possessões, in. PsiqWeb, Internet, disponível em: <http://gballone.sites.uol.com.br/forense/transes.html> revisto em 2003

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Eu sou cristão protestante da Igreja Presbiteriana Independente de Ibaté, cidade onde cresci e vivo atualmente... Não me considero um religioso, penso que só a religião em si não tem o poder de salvar a alma de ninguém nem transformar uma pessoa corrompida em um cidadão de bem... A religião nada mais é do que uma das instituições que em conjunto formam a sociedade.Assim como a família, a escola, o club,etc... Nada mais servem do que para nos moldar conforme o padrão que a sociedade requer, para que assim possamos viver de forma ''civilizada''... Uma escravidão a qual somos submetidos ao fazer parte da sociedade pois esta é englobada em um sistema rígido, manipulador e opressor... Não sou perfeito como nínguém é, mas apenas tento dar a minha colaboração a essa pobre gente como eu,(a grande massa), que já está tanto cansada de lutar e enfrentar tantas mentiras... Sou apenas mais um louco idealista neste mundo capitalista.